domingo, 27 de julho de 2008

pOEMAS 1#

eSPERADO DIA

Agora vou, pois senão
Como poderia voltar?
Que mágica o retorno é,

Um choque, passado-presente

Mas como nada

Igual acontece duas vezes

Fica na sutil mudança, a fatia
Mistério e lembrança


Como fabuloso seria

Rever com saudade todo dia, mas

Se este é sentimento de tempo

Aqui me despeço pra’té novo dia


domingo, 20 de julho de 2008

gOOD LUCK MR. GORSKY

Quando era um astronauta da missão Apollo e foi o primeiro homem a andar na lua, Neil Armstrong não disse somente sua cérebre frase: "One small step for man, one giant leap for mankind (Um pequeno passo para o homem, um grande feito para a humanidade)", mas disse também, ao re-entrar na espaçonave, algo enigmático, que intrigou todos, mesmo seus colegas: "Good luck Mr. Gorsky.(Boa sorte senhor Gorsky" Muitas pessoas da NASA chegaram a pensar que fosse alguma provocação com algum cosmonauta soviético, mas, de fato, não havia nenhum cosmonauta soviético chamado Gorsky. Por muitos anos as pessoas se questionaram sobre o significado da frase de Armstrong. Foi somente há alguns anos, em julho de 95, em Tampa, FL, USA, que Neil desvendou o mistério: durante uma entrevista, o repórter pediu para que Neil explicasse a tão famosa frase; e Neil, finalmente, respondeu. Neil Armstrong disse que Mr.Gorsky tinha finalmente morrido e, então, ele poderia se explicar.Quando Neil era um garoto, durante um jogo de baseball com um amigo, a bola caiu no terreno dos vizinhos, Mr. e Mrs. Gorsky. Neil foi buscar a bola e acabou ouvindo uma discussão entre o casal. Mrs. Gorsky gritava para seu marido: "Oral sex?! You want oral sex?! You'll get oral sex when the kid next door walks on the moon! (Sexo oral?! Você quer sexo oral?! Você só terá sexo oral quando o filho do vizinho andar na lua!)"
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nOTA: ESTA É REALMENTE UMA HISTÓRIA VERDADEIRA

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quarta-feira, 16 de julho de 2008

lENDA DA USJT

O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Universidade São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das "lendas" da faculdade.Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram a prova e entao resolveram dar um "jeitinho". Voltaram a USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda.Então dirigiram-se ao professor:

- Professor, fomos viajar, o pneu furou, nao conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nos atrasamos, mas gostaríamos de fazer a prova. O professor, sempre compreensivo:- Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.

E assim foi feito.
Os rapazes correram para casa e se racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre 'Lei deOhm'. Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre oassunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se "dar bem".Segunda pergunta, valendo 9 pontos: "Qual pneu furou?".....


o ESQUECIDO

o ESQUECIDO
O ponto de ônibus

Chego ao meu destino, o ponto de ônibus, não estou sozinho. Há uma linda guria no local, mas não terei que me dar ao trabalho de conhecê-la.
- Oi Mateus, tudo bom com você?
Ela me reconhece. Não é a primeira vez que isso me acontece, um estranho vem conversar comigo como se fossemos velhos amigos. A verdade é que eu sou um cara esquecido, não do ponto de vista alheio, não que as pessoas não se lembrem de mim, mas mesmo que fosse, tal informação eu não poderia lhes dar.
- Olá, tudo ótimo! E com você? – Retribuo na melhor performance teatral, resultado de anos de prática, quase não há hesitação, ela provavelmente me conhecia, e o seu cheiro me era familiar.
- Tudo bem. Nossa, você está usando aquele mesmo perfume e ainda não consigo me lembrar o nome, está na ponta da língua você vai ver, logo eu me lembro.
É isso, agora me lembro, ela começara a pegar ônibus comigo um dia antes, era tanto amante de perfumes quanto eu e a havia conhecido um dia antes, neste mesmo ponto, fiz um elogio ao seu perfume e ela desde então tentava descobrir o nome do meu. Mas qual era o seu nome? Por que eu não me lembrava?
- Confesso que curiosidade é algo perturbador, mas não é magnífica a forma como um perfume ganha significado ante o mistério de seu nome, ele passa a ter a identidade de que o usa.
- Só você mesmo Mateus, brinca com as palavras a ponto de fazer um insulto parecer bonito!
A conversa estava fluindo, mas um ônibus estava se aproximando, seria o dela?
- Nossa achei você muito simpática, além de estar sempre perfeitamente perfumada, será que você tem MSN?
- A sim, me de sua mão, deixa eu escrever aqui bem rápido que meu ônibus está chegando.
Uma jogada de sorte, seu MSN era seu primeiro nome, seguido por alguns números, por algum motivo o nome parecera inteiramente novo e familiar. Seu ônibus chega.
- Tchau Mateus!
- Tchau Cinira, até amanhã!
O meu ônibus vem logo em seguida, lá vou eu para a escola, local onde eu descobriria horas mais tarde que havia tirado um 5 em matemática graças as famosas ‘colas’ cedidas pelos amigos. Não gosto de matemática.
No mesmo dia também, ouvi um professor dizendo algo que me abalou um pouco:
- Não devemos nos acostumar com nossas falhas, devemos superá-las, pois todo ser humano tem a capacidade de evoluir e se aperfeiçoar.
Foi inspirador, será que eu poderia ir melhor na escola se fizesse algo para mudar isso? Será que eu poderia me lembrar de detalhes que por algum motivo fugiam de minha memória? Conversei com o professor no fim da aula, mais tarde com a minha mãe, eu não queria mais ser um garoto esquecido.

Os testes

Ao final de um mês, foram levadas várias teorias e consultas médicas, dentre elas, destaco algumas que me despertaram uma certa curiosidade.
A primeira, um oculista, pois segundo o professor, não enxergar direito poderia gerar um não entendimento global do conteúdo e por isso eu não estava absorvendo o conteúdo. Eu, entretanto, sabia que minha vista era boa, uma vez que colava com precisão a prova de alguém a duas carteiras de mim, mas não queria descartar as hipóteses. Resposta foi a que o médico me deu:
- Não se preocupe senhora, seu filho tem a visão tão boa quanto a do super homem!
A segunda, uma fonoaudióloga, pois como segunda teoria, uma não correta compreensão dos sons seria certamente, um ponto vital para guardar informações, como eu poderia me lembrar de algo que mal havia ouvido? Mas não levei a sério essa teoria também, apesar de mais convincente que a anterior, minha audição era suficientemente boa para escutar um aluno passando ‘cola’ duas carteiras a minha frente. A resposta, desta fonoaudióloga também me surgiu de maneira estranha:
- A senhora terá um possível afinador de pianos em casa. Não se preocupe, seu filho tem a audição melhor que a do Batman!
A terceira opção foi descartada, dentista. Não que meus dentes eram perfeitos, mas apesar de não fazer nenhum sentido (para mim pelo menos), dentista era algo que eu temia e por piedade ou descrença por parte dela, decidimos não ir ao dentista.
A quarta teoria, uma psiquiatra, essa era uma novidade para mim, não soubera eu que já tão cedo estava ficando louco, mas minha mãe contra argumentou que psiquiatras podem ser útil a todos, pois a nossa cabeça é ainda um mistério e poderia ser que algo estava acontecendo comigo. Eu disse que ia, mas que não era louco, verdade era que eu estava curioso para saber como era uma psiquiatra, será que desta vez eu seria comparado a um vilão como o Dick Vigarista? Por sorte ou revés, esta era diferente, não fui comparado com ninguém, para ser sincero, ela falava pouco, eu era o astro, gostei realmente dela, e a idéia foi que eu começasse a escrever tudo em uns caderninhos, onde ia, a que horas, o que comia, que eu havia conhecido, o que havia ocorrido, o que havia aprendido... E por ai vai, eu só precisava retornar daqui um mês, não seriam necessárias mais seções nesse meio tempo.

A descoberta

Acabei comprando dois cadernos, em um deles eu escrevia diariamente, tudo que acontecia, no outro, eu dividia por categorias como amizades que eu fazia, fatos que me ocorriam, coisas que eu aprendia.
Foi incrível, mamãe havia me dito que foi difícil me colocar em uma escola para crianças normais com a minha dificuldade em aprender e ela mal sabia que eu tinha um tal de bloqueio, pois segundo a psicóloga minha mente simplesmente não queria aprender tais coisas.
Passou-se algum tempo e eu nem precisava mais de copiar totalmente os cadernos dos amigos, eu já conseguia fazer parcialmente os exercícios, os professores elogiavam meu desempenho, principalmente o de matemática.
Do ponto de ônibus eu já sabia que o perfume da Cinira era o Jardim de Vênus, com notas de jasmim, sabia também que ela recebera este nome pois ela nascera no dia em que sua mãe morrera, no parto, por isso seu nome, que significa harpa de som triste, mas que seu pai costumava dizer que um dia daria uma bela canção
Das minha amizades eu já havia perdido três, pois eu, diziam eles, já não era mais aquela pessoa alegre de antes. E não era mesmo, apesar das aparências iniciais, a mudança foi pra pior.
O mundo parecia totalmente novo a mim, o noticiário agora ficava em minha cabeça, as brigas que aconteciam agora ficavam em minha cabeça, as inimizades ficavam em minha cabeça, a matemática e física que me tiraram um bom pedaço do mistério que é a vida agora ficava em minha cabeça, o nome ruim da garota dos perfumes, agora tudo ficava em minha cabeça e foi somente assim que eu percebi que tinha de fato um bloqueio, o bloqueio às coisas ruins.
Joguei fora os meus cadernos.
Joguei fora os livros de exercícios.
Não retornei à psiquiatra.
Aos poucos retornei a minha pura essência, puramente feliz.
Apenas uma única coisa deixei escrita, ao lado direito da cama, exatamente alinhado com o travesseiro, um quadro grande, envolto por uma bela moldura contendo uma única frase em letras belas e legíveis:
“Se o que for bom em ti ficar, não há mais nada pra se lembrar”, nem sempre entendia a frase do quarto, mas um algum motivo que não me lembro agora, a respeitava.

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Como bem nos lembra o ditado popular "Daria um boi para não entrar e uma manada para não sair". E tu, gostarias de ser uma pessoa esquecida?

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segunda-feira, 14 de julho de 2008

a JANELA DA ALMA


a JANELA DA ALMA

Sobre uma ponte pequena e velha de uma fazenda, pai e filho pescavam lambaris, pequenos peixes com cerca de dez centímetros da cabeça à cauda.
O filho, com 8 anos de idade, atentamente olhava e imitava os movimentos do pai. É claro que, às vezes, tinha certas dificuldades, mas o garoto herdara a mesma personalidade persistente e aplicada do pai. Juntos sobre a ponte eles dividiam histórias, colocavam os peixes no mesmo saco, compartilhavam a mesma sensação estranha de colocar uma minhoca ainda se movendo no anzol, enfim, compartilhavam tudo.
Pescar exigia paciência, mas também era divertido. Logo o garoto começou a ficar super confiante e cometeu um erro, não segurara com força o lambari ao retirá-lo do anzol e o peixe escapou de sua mão. Em seu desespero por pegá-lo de volta acabou fazendo um corte na mão com o anzol e o peixe se foi. Logo que a dor chegou, o garoto se esqueceu do peixe e junto a isso, veio o choro.
O pai, vendo o que acontecia foi em direção do garoto.
- Deixe me ver... Nossa! Você até que fez um corte meio grande para este anzol, talvez fique uma cicatriz!
O garoto, ouvindo a familiar palavra cicatriz, logo soube que isto significaria dias de dor e começou a chorar ainda mais forte. O pai, percebendo que não ajudara muito, começou por um outro ponto.
- Sabe filho, as mãos são a janela da alma.
O garoto, ainda soluçando, retrucou tão logo quanto pode.
- Pensei que fossem os olhos papai.
- Não meu filho, seus olhos agora me dizem que você está chorando, mas nem sempre eles dizem a verdade, eu mesmo já testemunhei pessoas fingindo choro, fingindo estarem bem, fingindo, apenas com os olhos.
- Mas se não o olho, por que a mão papai, tem como saber se uma pessoa está feliz somente com as mãos?
O pai, olhando para aquele pequeno garoto percebera que talvez fosse muito cedo para lhe falar sobre tal coisa, mas seja porque já havia começado, seja porque ele aprendera isso muito cedo, seja por outro motivo que nem mesmo ele sabia ao certo, resolveu continuar.
- Não meu filho, geralmente só um rosto com um sorriso pode dizer se alguém está feliz, mas sorrisos também podem enganar, mas as mãos, estas nunca mentem. Se as minhas mãos baterem em alguém, seja por um bom motivo ou não, ninguém poderá provar que não foi um ato violente, o mesmo se as minhas mãos ajudarem alguém a atravessar a rua ou salvarem uma vida, ninguém poderá dizer que não foi uma bela ação, mas se uma pessoa uma pessoa chora ao ver uma outra passando fome e nada faz com as suas mãos para ajudá-la, esta pessoa mente com os olhos e as mãos que nada fizeram dizem a verdade.
O garoto nada diz, tira os olhos do pai e se volta para sua própria mão. O pai, percebendo que o filho parecia compreender, decide continuar.
- Por isso filho, não se pode dizer se uma pessoa é boa ou ruim somente olhando para seus olhos, mas as ações que esta realiza com suas mãos no dia-a-dia definem quem ela é. Sempre temos escolha, e são justamente elas que dizem quem você, está vendo este corte em sua mão?
O garoto nada responde, apenas confirma com a cabeça.
- Este corte me disse que hoje você tudo o que pode para recuperar o peixe e sempre que você olhar para a sua mão se lembrará quem você é, uma pessoa que dá tudo de si, por isso estou orgulhosos de você. Agora vamos voltar para casa? Já está ficando tarde não é mesmo? Que tal mostrarmos os peixes para a mamãe e comer lambari frito para a janta?
Sim papai, parece gostoso.
O garoto pouco falou depois disso, a dor que ainda permaneceria por um tempo já não era grande incomodo, era passageira, mas ele, mesmo não compreendendo tudo o que seu pai lhe falara, eternamente saberia que suas mãos não eram apenas instrumentos para se pescar, soltar pipas, brincar de pega-pega ou subir em árvores, suas mãos, para a qual agora olhava atentamente, eram as janelas de sua alma.

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É complicado pensar em alma, essa coisa tão concreta em nossa mente e ainda assim, abstrata. Em meio a estes pensamentos nos perguntamos qual o nosso papel no mundo, o que vale a pena, a resposta, Fernando Pessoa nos dá com categoria “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

uM TEXTO PARA MENTES INOCENTES

o GRANDE ‘SENHOR’

O grande senhor avança, impiedosamente, transmitindo toda a sua energia.
Num segundo ele avança como se nada mais fosse importar, no outro, retorna como se nada mais fizesse sentido. E assim, para frente e pra trás, ele, majestoso, se satisfaz num movimento de vem e vai.
É claro que ele conta com um líquido de imensurável valor, líquido gerador de muitas vidas.
Oh quão poderoso é este senhor!
Sua satisfação também atinge muitas pessoas do mundo todo, algumas se inspiram, sonham com o seu deliciar, adoram serem atingidas pelo seu líquido, se hipnotizam com o seu movimento repetitivo, algumas fazem pedidos para ele cultuando-o como um Deus.
É claro que não permanece o tempo todo com o máximo de seu tamanho, mas é fato, que mesmo nos momentos em que se encontra no menor de seu tamanho, ninguém diz que aquilo é pequeno, pois é sempre majestosamente grande.
Oh grandioso Mar, como são belas as suas águas!
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A imaginação é um item realmente interessante, ser levado a pensar diferente então... afinal de contas, como dizia Oscar Wilde “Um mapa do mundo que não inclua utopia nem vale a pena ser olhado

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terça-feira, 8 de julho de 2008

sEJA BEM VINDO

sEJA BEM VINDO!!!
Não, não foi o caps look que foi pressionado acidentalmente, estou apenas me utilizando de um item que ressurgiu com força na era das drogas e do rock and roll, mas acabou enfraquecendo graças a nova era do capitalismo e padronização, IRREVERÊNCIA. Este item está rareando graças ao mais poderoso e inconsciente desejo do ser humano, se encaixar. Um homem típico não vai para o trabalho utilizando um vestido, uma pessoa típica não vai a uma reunião de negócios vestida com chinelos e bermuda, um mendingo típico não pede dinheiro utilizando um terno... Típico. Não estou lhe dizendo que comece a se vestir de tal forma, os resultados de tal ação poderiam ser catastróficos, mas se você pensar bem, são apenas roupas! Todas nos impedem de ficar nu, entretanto, todas interferirão no modo como você será julgado, todas carregam os traços de sua cultura (cada vez mais globalizada), quem dera isso só ocorresse com as roupas.
Este blog não é voltado às massas, pois ele não é voltado ao comum, não espere textos formais, ninguém precisa sofrer para ler, não espere santidade, um pouco de violência e luxúria caem de vez em quando, talvez você possa esperar um pouco de reflexão, do resto, não espere, pois futuros textos a serem postados fazem parte de uma era em que ainda não existe, caso resista, que persista.
Abaixo um texto com uma história rápida e repleta de personagens que nos levam a refletir sobre a teoria do caos e nosso papel, mesmo que despercebido, no mundo em que vivemos. Não só sugestões como críticas também são muito bem vindas, afinal, como dizia Benjamin Franklin “Nossos críticos são nossos amigos, nos mostram as falhas

O NOVO DIA

Ontem amanheceu um novo dia e como todo dia novo, ele nasceu cheio de esperança. Essa esperança com um gramado ainda revestido pelo orvalho e um céu alaranjado como presságio a uma tarde calorosa de verão inspirou o poeta que logo compôs uma linda canção sobre o amor do pai Sol e a mãe Natureza a seus filhos Homens. Motivado por sua inspiração e uma onda de otimismo, o poeta levou a letra a seu amigo cantor que já no almoço a declamou em um barzinho da cidade:

Ó bela de traços verdejantes
Ó bela mãe Natureza
Como são incríveis esses rastejantes
Foi mesmo uma proeza

Ó belo de olhar escaldante
Ó belo pai Sol, alteza
Foi a liberdade estonteante
Ingrediente para a certeza

Ó bela como são lindos os nossos filhos!
Ó belo como são lindos os nossos filhos!
São sim, pois eles são todos nossos...

O cantor, que acostumado a indiferença pública que sempre ouvia as mesmas canções foi aplaudido de pé por todos que ali estavam, principalmente por uma senhora com seus 50 anos que a 6 não via seu filho. Logo que chegou em casa telefonou para seu filho, o palhaço de uma trupe, e sob o pensamento dos versos “Foi a liberdade estonteante/ Ingrediente para a certeza” que ela disse a ele que estava perdoado por ter se tornado um palhaço se esta era realmente a vontade dele. Esta noite, livre da única culpa que sentira, sair de casa, o palhaço fez a mais engraçada e inédita apresentação de sua vida até então, maravilhando a muitos, principalmente um pequeno garoto que ali se encontrava. Este garoto voltou empolgado imaginando como seria um mundo em que tudo fosse como no circo, repleto de surpresas e alegria, este garoto voltou decidido, ele faria do mundo um lugar melhor.
Mas como ontem, hoje também foi um novo dia. Vendo a alegria do filho e a realização do palhaço, o pai do garoto passou a se questionar sobre a vida e o que conseguira realizar de concreto para o mundo, incomodado ele se dirigiu ao quintal para pegar o jornal e distrair sua mente, mas vendo que este se encontrava em pedaços ele não pode se conter e berrou com o cachorro algo parecido com “Olha a desgraça que você me fez com este jornal!”, o problema é que o jornaleiro somente escutou os berros e acreditou friamente que esta bronca era dirigida para si, e já em seu primeiro dia de trabalho! Este entregador de jornais logo se mergulhou em pensamentos negativos até que gastou tempo demais para conferir o número da casa e se distraiu com o transito, ele foi então atropelado, ironicamente, por uma ambulância.
Chegando ao hospital o jornaleiro teve sua perna engessada e recebera um conselho do enfermeiro que sabendo dos seus problemas lhe disse “Tudo é passageiro, o importante na vida é sempre tratar as pessoas da melhor forma possível”, um breve e bom sermão, o problema é que o enfermeiro sempre fora meio surdo, por esta razão ele costumava falar num tom de voz elevado, seu discurso foi ouvido por um professor de idade mediana que visitava um amigo seu que também quebrara a perna e estava situado na mesma sala. Este professor ligou para a sua namorada e pensando no que o enfermeiro disse, a convidou para jantar num refinado restaurante romântico da cidade, convite que foi aceito quase que instantaneamente. Nesta noite, em especial, havia um novo cantor para este restaurante, o mesmo cantor amigo do poeta, que somente conseguira essa noite pela sua boa e inédita música. O cantor estava alegre, reluzente com o reconhecimento, mas quase parara de cantar quando viu o professor beijando a esposa de seu grande amigo, o poeta. Logo o professor ficou sabendo e somente teve sua mágoa superada pelo poeta, tarde naquela mesma noite.
No dia seguinte, o dia de amanhã, este poeta comporá mais uma música, desta vez uma letra profunda sobre os dois sentimentos de uma mesma relação. Além disso, resta o mistério, se o poeta irá largá-la ou perdoá-la, se o palhaço ficará famoso, o que o garoto será quando crescer, o que o pai fará para se sentir realizado, se o jornaleiro vai ser despedido, SE. Quanto ao amanhã só uma certeza, ele será como todos os outros, cheio de esperanças e infinitas possibilidades, para cada uma, você esta lá, a variável que pode mudar tudo, a variável que vai fazer a diferença, percebida ou não, de um jeito ou de outro, a questão é uma só: Que diferença você quer fazer?