domingo, 26 de outubro de 2008

pASSOU POR MIM

Você foi veículo que passou por mim veloz, passageira, assim como o tempo que tivemos junto.
Chegou fazendo barulho, você não é daquelas que ama em segredo e antes que de fato chegasse, já havia conquistado toda minha atenção.
Então passa! Pulsação acelera, tudo vai junto, folhas, vento, espírito, tento me manter imóvel, mas você me agarra pelo ponto mais fraco. Oh pobre coração, se soubesse se salvar talvez tentasse reagir.
Também me rendo, assim como o resto do meu corpo, já não há razão, somente emoção, e assim sou levado em busca do coração perdido, mas você não pára, um a um todos vão te seguindo e sendo deixados feito casulo de borboleta, para nunca mais se ver.
Quem não olha para o caminho percorrido não se encanta com o destino, então olha devagarzinho para me achar aqui pequenininho, senão você vai ser assim veículo que passou por mim, em mim, não faz assim! Passa por aqui de novo, assim como o vento que não temendo mudar de direção devolveu meu coração renovado. Faz assim! Para eu pedir carona e parar de ver as coisas assim, veículos passando por mim.

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“Uma carícia, um sorriso, um ouvido atento, um elogio sincero. Um ato mínimo de amor tem o poder de transformar uma vida.”
- Leo Buscaglia

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

bRANCA dE nEVE por mICHELLE tREVISANI

aBRINDO mais uma seção aqui no blog. Resolvi abrir um espaço para os textos de amigos (as) escitores (as) e poetas (isas) uma vez que todo escritor é influenciado pelo que ele já leu ou viveu, nada mais justo incluir as amizades. Como primeiro post para esta categoria, eu escolhi uma grande amiga que, de certa forma, me levou para este mundo da beleza e brincadeira com as palavras, sem duvida é hoje uma escritora nata e futuramente, uma próxima cLARICE lISPECTOR (se bem que combina mais com mÁRIO qUINTANA, visto sua enfase incondicional na beleza do amor) bom seja lá o que for e sem mais delongas.
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bRANCA dE nEVE

Branca de Neve
Boca de cereja
Deixa todo este branco,
Este tato,
Deixa...
E me segue.


Sua pureza me irrita!
Por que tanto brilho?
Por que não grita?
Grita!, pra eu te calar!


...e sentir...
Tão doce:
Cereja
A se despir.
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por: mICHELLE tREVISANI

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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

pOEMAS #3

nÃO MAIS SOU

Já não te direi ‘eu te amo’
Posto que cansei de repetir essa mentira
Confirme com a Lua
Minha companheira de nostalgia

Sou apenas corpo que vaga
Ou qualquer outra coisa, uma praga
Pois se fiz juras de sentimento eterno
Quem sou eu? Pranto terno

Ó tempo
Ansiosamente te aguardo
Ao relento
Pra curar o gosto amargo

Ó chama
Me consuma, não engana
Arde para o céu
Onde incrível estrela me chama

Ó devaneio encanto
Já não mais sou, nem sobrou
Mas como ator, visto o manto
Não me importas se negou
Como pena um tanto quanto
Assim vou e voou.


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"Temer o amor é temer a vida e os que temem a vida já estão meio mortos." Bertrand Russel (1872 - 1970)

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