quarta-feira, 27 de maio de 2009

aCOMODAR COM O QUE INCOMODA

Quando se é adolescente só há três tipos de coisas que você pode fazer: as ilegais, as imorais e é claro, as que engordam.

Votei pelo McDonald’s.

Minha rara presença naquela mistura de restaurante com parque de diversões sem brinquedos, fundida a uma reflexão froidiana entre o lanche da musiquinha (dois hambúrgueres, alface queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelins!!) e o Mc Lanche Feliz gerou um acesso de infância mal resolvida onde só poderia resultar em uma coisa: Votei na felicidade!!!

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Mas a vida meus amigos! (momento Joseph Climber) Essa sim é uma caixinha de surpresas, e então naquela bela noite de sol descobri que felicidade dura pouco, é claro que ser pobre ajuda no processo, pois aí seus amigos ainda roubam todas as suas batatas. Santa tartaruga! Que lanche pequeno da porra, me senti o dono do castelo do pé de feijão diante daquele nano lanche, se eu fosse um japonês eu contratava aquele fotógrafo dos lanches pra fotografar meu pinto (mals ae galera do oriente, é o que reza a lenda)! Mas como todo momento de quatro mordidas, foi bom enquanto durou, a lembrancinha, último vestígio de alegria temporária, já havia sido furtada por uma raça pseudo amigável conhecida como irmã, restava só eu a caixinha.

Decidi santificá-la.

Sob o efeito alucinógeno do hambúrguer minhocovino, dei a caixinha um dos mais altos cargos já concebidos a um pedaço de papelão, a nomeei lixeira, e assim a deixei. Não era mais que um pedaço de lixo disfarçado de lixeira pra receber mais lixo, talvez filosófica, mas ainda sim, não passava de um pedaço feio, frágil e dobrado de papelão que eu deixei no meu quarto por aquele dia, depois por aquela semana...

Já faz uns 6 anos.

Vai pra poodle que o pariu! Kelaporra de caixinha ficou tanto tempo ali que se não fosse a ilustração Procurando Nemo, só um teste carbono 14 revelaria quantos zilhões de anos ela permaneceu no meu quarto. Mas aí chegou a nova, zerada, top top, master plus advanced.

Num gostei!

Mas acho que essa opinião não perdurou por mais que eternos 325.457 milhões de avos de segundo (pra quem foge de matemas que nem vampiro em piscina benzida, é tempo curto pra car&@#!). Verdade seja dita, eu tinha me acomodado com o que incomoda (Teatro Mágico), coisa boa vicia tanto quanto com as ruins se acostumam. Pelo amore de Dio, num deixa isso acontecer, coisa ruim na vida só com prazo curto pra acabar. Quanto às boas... faz o seguinte, relaxa e deixa a vida levar...

(dica: se a fome bater vai na barraquinha da esquina mesmo, num tem lanche da felicidade, mas tem tamanho pra barriga se encher de comicidade)

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“nÃO É TRISTE MUDAR DE IDÉIAS. tRISTE É NÃO TER IDÉIAS PARA MUDAR”

bARÃO dE iTARARÉ

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segunda-feira, 18 de maio de 2009

iNEXPLICÁVEL – por eDUARDO gUASTALI

Se hoje eu pudesse te falar o que eu sinto por você, certamente palavras comuns ou palavras apenas não conseguiriam expressar...

Se eu pudesse te desejar algo, lhe desejaria tudo, ainda tudo, tudo seria tão pouco...

Se eu pudesse passar o tempo todo te observando, a cada segundo me surpreenderia, com infinitas virtudes que tens..

Se eu pudesse escrever o que eu realmente sinto, as muitas páginas, ainda não, não conseguiram representar o que realmente sinto por você ““.

Escrever, dizer e desejar. Tudo isso revelado no silencio de um olhar...

Inexplicável o abstrato de te amar.

Amor

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“a MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDA”

vICTOR hUGO

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domingo, 3 de maio de 2009

a AMIZADE por rODRIGO cHAVES dE nADAI

Ei “amigo” leitor,

poderia te oferecer meu afeto, se é que necessita, para que embarcasse nessa, mas não, apresento-lhe um único bilhete para uma viagem um tanto filosofal e aparentemente desconexa por algo que as pessoas hoje não valorizam, distribuindo a muitos sem profundidade e valor:

A Amizade

No século XVI Francis Bacon afirmou que existia pouca amizade no mundo, disse também sobre o declínio das relações entre os homens. Não creio em mudanças radicais na estrutura do mundo, desde Bacon e Merlin à Norbert Elias a essência da sociedade se mantém: o jogo de interesses, como sempre, aliado à comunicação; a diferença está na troca de informações e sua respectiva superficialidade, desde a linguagem nos tempos primitivos ao “Live Messenger 2009”.

Por volta de 600 anos anteriores a Bacon, uma figura mística do Ciclo Arturiano supostamente viveu, confundido como louco, o mago e oráculo Merlin refugiou-se em uma floresta próxima à Escócia, fazendo, dentre outras coisas, predições do futuro. Previu a futura existência de pedras falantes antecessoras ao declínio social e o conseqüente enfraquecimento das relações humanas.

Caro “amigo”, não seria seu celular um cristal falante?

Um toque, alguns cliques e pronto! À deriva pela “World Wide Web”, mar bravio de relações superficiais ou até fantasiosas. Sejam então os cristais e a “teia mundial” como principais “avanços” da humanidade globalizada, anexados ao assoreamento das relações humanas.

Não sou cético a respeito da influência da chamada globalização associada ao “Mundo WWW”, ambos em constante expansão, e sua repercussão na amizade entre os humanos. Foi e será o jogo de interesses a comandar essa embarcação, por mais sutil, ranzinza e discreto que seja, ou, gordo, exuberante e ambicioso nas suas atitudes, sempre, rumo a superfície

Vale lembrar que acima de tudo está a amizade verdadeira, o jogo de interesses ponderado, que utiliza-se da web e dos cristais como ferramentas secundárias, sendo a palavra, o contato e o afeto responsáveis pela profundidade das relações. O porto é o elo entre as navegações de conhecimento e a maturidade do espírito, a terra firme é o lugar que exige o conhecimento conquistado. Portanto digo que para uma vida melhor não basta apenas aprender o que é a amizade, e sim saber escolher a quem você direcionará suas forças na busca de relações mais profundas.

curso de mergulho 085

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“a AMIZADE DUPLICA AS ALEGRIAS E DIVIDE AS TRISTEZAS”

fRANCIS bACON

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